As Brumas do Futuro

"Aqui, Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas..."


Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

E com este grito foi dado o tiro de partida para a revolução que viria a mudar as vidas dos que tanto sofreram nas mãos de um regime totalitário e cobarde!
Como portuguesa e amante da minha liberdade de expressão, não podia deixar passar em branco uma data como esta. 25 de Abril para sempre nos corações de quem ama Portugal livre!
Não escrevo este post com nenhuma intenção política ou moral, mas sim com o orgulho de ser portuguesa estampado nos meus olhos! Fomos nós, os portugueses, o povo comandado pelos militares, que trouxemos a paz que nós próprios quebrámos, a liberdade que por nós próprios tirámos.
É de lembrar que muito sangue correu, muitas vidas e almas foram roubadas para que atingissemos esta liberdade que hoje tomamos por direito. Foi preciso haver homens e mulheres de coragem e determinação que ousassem infringir todas as regras. Homens e mulheres de todos os credos e estratos sociais. Homens e mulheres que, apesar das suas diferenças, se uniram a favor de uma causa: a Liberdade!
Muitos dizem e diziam que os Comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço, que matavam meio mundo, que eram o monstro papão, mas como em tudo, a porcaria existe em todo o lado....... e o que é certo e sabido é que foram eles que, apesar de tudo, se uniram e se revoltaram.
Com isto tudo, quero apenas agradecer a todos os envolvidos na "Revolução dos Cravos", aos "Capitães de Abril" que não arredaram pé, não desistiram e lutaram até ao fim para que hoje possamos ser, novamente, livres! A todos aqueles que se ofereceram como carne para canhão, um muito obrigada, já que são poucos os que reconhecem o vosso esforço e determinação. E para aqueles mais descrentes e ignorantes tenho apenas a dizer:
Que nos sirva de exemplo a rijeza dos demais portugueses, que nas prisões políticas e instalações da PIDE foram submetidos a um regime de morte lenta e não cederam nunca e adoptaram o seguinte lema que deve ser para nós uma lei: "ANTES MORRER COMO HOMENS CONSCIENTES, DO QUE VIVER COMO ESCRAVOS SUBMETIDOS!"