segunda-feira, agosto 21, 2006

Nove....

“O nove é um algarismo simbólico, em muitas línguas europeias apresenta semelhanças com a palavra novo. Em português, nove e novo. Em espanhol nueve e nuevo. Em francês neuf e neuve. Em inglês nine e new. Em italiano, nove e nuovo. Em alemão, neun e neu. Nove significa, por isso, a transição do velho para o novo. Foram nove os primeiros templários, os cavaleiros que fundaram a Ordem do Templo, os que estão na origem da Ordem Portuguesa de Cristo. Foram nove os mestres que Salomão enviou à procura de Hiram Abbif, o arquitecto do Templo. Deméter percorreu o mundo em nove dias em demanda da filha Perséfone. As nove musas nasceram de Zeus por ocasião das nove noites de amor. São precisos noves meses para o ser humano nascer. Por ser o último dos algarismos singulares, o nove anuncia em simultâneo, e nessa sequência, o fim e o princípio, o velho e o novo, a morte e o renascimento, o culminar de um ciclo e o começo de outro, o número que fecha o círculo.”

In “O Codex 632”


Há momentos na nossa vida em que paramos para pensar no que temos feito, no que poderemos vir a fazer, no que poderíamos ter feito. Avaliamos tudo o que vivemos e fazemos um ponto da situação: muitos momentos bons, outros tantos maus, muitas cabeçadas, muitas outras alegrias, muitos projectos falhados e tantos outros atingidos.....
E como em tudo no Universo, também esta vida é feita de ciclos: uns morrem para dar lugar aos que nascem; umas coisas acabam para que outras comecem....há etapas que se encerram, portas que batem, para que outras se abram, porque a vida não é feita de salas fechadas e o único beco sem saída que existe é igual para todos, ainda que para uns apareça mais cedo no labirinto da vida.
Nove meses se passaram desde que este blog começou e apareceu para preencher alguns espacinhos que havia no meu mundinho. Nove meses depois de a minha vida ter levado uma grande reviravolta; nove meses depois de ter conhecido mais um recôndito da minha personalidade, de ter percebido de que massa sou feita, de ter chegado à conclusão de que a vida não é o mar de rosas que pensamos ser e desejamos que seja, depois de muitas coisas que vivi, a minha vida estás prestes a dar mais uma grande volta!!! Mais um ciclo vai começar, e o nove vai dar lugar ao novo. Por isso, e depois de muito reflectir sobre o assunto, cheguei à conclusão que me vou afastar do mundo da blogosfera.
Este blog tem sido o meu “diário”, o meu confessionário, o meu pequeno apontamento de críticas, o espacinho que criei para divulgar alguma “cultura”. Foi, no fundo, o meu amiguinho de muitas horas mortas. Representou a minha almofada onde e para quem chorei muitas vezes. E porque percebi que não quero mais partilhar a minha vida com os demais leitores, até porque de interessante não tem tido nada (e isso vê-se bem na qualidade dos meus últimos posts), decidi dar por terminada a minha viagem por estes lados. Não digo que para sempre, mas será um “até já” duradouro.
Há muitas coisas que vão ter de mudar por aqui, para meu bem e para bem dos outros.
E, ainda que as despedidas me custem, ainda que os pontos finais me doam, tudo tem um fim...... E porque “quando a cabeça não tem juizo o corpo é que paga”, antes que fique uma longa conta para pagar, peço aqui e já a minha demissão neste meu cargo de construtora de sonhos.
Ainda não sei se vou aguentar a ausência, mas o tempo o dirá.
Para todos aqueles que me leram, um muito obrigada, todas as críticas,todos os comentários, fizeram-me perceber que não estou sozinha e que de facto, nem sempre tenho razão.Ajudou-me a perceber que no mundo afinal até existem pessoas e, então, deixei de ter discussões de mim para mim.

E em jeito de despedida e pegando nas palavras de Álvaro Cunhal....
ATÉ AMANHÃ CAMARADAS.....
"Já gastamos as palvras
[...]
e o que ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
[...]
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já disse: as palavras estão gastas.
Adeus."
(Eugénio de Andrade)

quinta-feira, agosto 17, 2006

No surprises

"No alarms and no surprises please!"

Radiohead, in "ok computer"

quarta-feira, agosto 16, 2006

Coisas....

"as coisas que se perdem e que se ganham e que perdem e acumulam, modificam-nos, modificam-se e ficam-se por meias coisas que sao... as coisas que revivo e vivo e inspiro e expiro e absorvo, sao coisas sorvidas de um copo cheio de sumo de melao maduro, fica todo o seu nectar em mim entranhado e, revirando os olhos vou chamando mais alto a chama da paixao. tento ter a forca para levar o que e meu, sei que as vezes vai tambem um pouco de nos, devo concordar que as vezes falta-nos a a razao mas nego que ha razoes para nos sentirmos tao sos... vem fazer de conta, eu acredito em ti, estar contigo e estar com o que julgas melhor, nunca vamos ter o amor a rir para nos quando queremos nos ter um sorriso maior... e os amigos das coisas, meus amigos sao... sao amigos de uma cajadada so dada so com uma mao... e os abracos e beijos onde me perco e rebolo encontram-me enlameado e roto estendido no alcatrao de uma qualquer estrada nacional inventada com caracter de urgencia... urgencia essa que vem gritante e garrida nas sirenes azuis das carrinhas brancas, urgencia essa de levar para o manicomio o amor inventado numa estacao de servico da A2 com caracter de urgencia... o homem sai primeiro e as coisas depois... a mulher fica deitada de barriga para baixo a ver o reflexo do que julga ser no lodo de um rio abandonado, um qualquer rio abandonado, inventado com caracter de escape para uma vida futura mais prospera... sao 1427 caracteres os que interessam... os que nao interessam ficam depois dos tres pontos alinhados, um pouco antes do fim, imediatamente ao lado de tudo o que e fraco e impulsivo... e assim termino sobre isto a que me proponho, com o abraco muito especial a todos os meus amigos que me ouvem e amantes que amam e amores que me acarinham... FIM"
O autor de tão magnífico texto que me perdoe o plágio, mas não resisti em partilhar este texto que achei ser uma pérola!!!
Andava por aqui à procura de temas para um devaneio digno deste blog, mas não tinha inspiração nem as palavras vinham ter comigo. E, no caminho, dou de caras com este texto que achei duma simplicidade e beleza estonteantes. Gostei muito das metáforas e de todas palavras usadas em jeito de.........de.......... sei lá!! Pronto. Gostei!!! Não que este seja um texto digno de substituir os meus devaneios mas, para os esconder de vez em quando, com classe aí está ele!!!
Por hoje é tudo! Amanhã pode ser que haja mais.
***=)

domingo, agosto 13, 2006

Kissing you

Pride can stand a thousand trials

The strong will never fall

But watching stars without you

My soul cries

Touch me deep, pure and true

Give to me forever

Where are you now?

I miss that sense of touch. I miss your kiss. I miss you above all.

***

sábado, agosto 12, 2006

Neuras e perda de tempo?! É comigo!

Silêncio....
Ensurdecedoramente ouço o silêncio que me rodeia. Sinais de não-vida, de descanso, de.....NADA!!! É isso! Nada!!!
Sinto-me vazia. Sinto o meu mundo oco de tudo! Procuro algo a que me possa agarrar nesta viagem atribulada da estagnação, mas o mar de água morta não me oferece âncoras, pedaços de madeira ou botes salva-vidas. E, entretanto, continuo a nadar, só, rumo ao desconhecido.
Apercebo-me de que, afinal, já não vivo. Sobrevivo. Ao sabor da corrente de água estagnada.
A ténue linha que me separa da realidade começa a esvanecer-se e, aos poucos, vou descortinando a realidade: estou só, sinto-me só, vivo só, e não estou satisfeita. Não sei se por falta de forças, se por comodismo, não consigo deitar a mão ao resto de vida que tenho mas que, ainda assim, me foge a uma velocidade alucinante.
Dou por mim, parada, incrédula a vê-la partir. Ainda com a esperança de que se arrependa e volte a trilhar o caminho de regresso até mim.
Quero-a, mas não a tenho. Procuro-a, e ela esconde-se. Corro para ela e quanto mais corro mais longe parece estar.
Quero ser feliz. Quero voltar a viver.
[...]
Amar é sofrer..... Porquê? Para quê? Desde quando?
Quando amei fui feliz! Quando me amaram fomos felizes!
Quando é que inventaram essa teoria? Quando é que esta passou a ser realidade? Porque é que não me avisaram? Porquê? Porquê? Porquê?
[...]
O silêncio......Esse grande amigo das horas confusas. Esse refúgio da vida atribulada. O inimigo das horas vãs. O beco da morte das mentes molestadas. A vã glória de sofrer..........
O silêncio..... A morte.... A indefinição......
A ingenuidade.... A vontade de ocultar a realidade...... A vontade de ver para além do real.... Sonhar..... Sonhar.....é isso!!! Sonhar!!! Vivo sonhando. Alimento-me dos sonhos. Bebo os meus sonhos. Eu própria sou feita de sonhos. O meu mundo é o Sonho, pintado com algumas cores de realidade. Realidade essa que me corta a doçura do meu mundo com pitadas de amargura; que me arranca do sono de vida e que me acorda para a morte do real.
[...]
Confusão... Confusão. Cansaço. Desilusão.
Não percebo o que vivo, por que vivo, por quem sobrevivo, para quem respiro.
Desilude-me o que tenho. Não sei o que quero. Não percebo o me faz falta, o que me satifaz.
Que inércia desgastante! Que vida insignificante e ofuscante!
Vida! Quero uma vida! A minha vida! A que eu perdi, por aí, nas ruas da tristeza, na cidade da solidão, no país da indefinição, no mundo da desilusão.
E pronto, quando não há nada para fazer, quando se vai até ao fim do mundo, onde tudo dorme, o livro já está lido, a televisão por mais lixo que dê não funciona, e o calor reina lá fora...... o que nos resta é uma soma de tempo perdido.
O tempo que perdi hoje, com a mega neura com que acordei, na situação supracitada, foi passado a escrever esta coisa que, se querem que vos diga, nem sequer percebo o que lá está. São frases soltas, munidas de eufemismos, aliada a tantos e muitos outros recursos estilísticos, que expressam a cena que ia nesta cabeça. Das duas uma: ou estava pedrada ou estava possuída. Mas uma coisa é certa: bem é que não estava.
Só para acrescentar: quem ganhou com isto tudo foi o meu carro. Está lavado, brilhante, perfumado e reluzente. Há carros com sorte!!! E neuras que até vêm por bem.
***=)

domingo, agosto 06, 2006

.......


Can you see that I am needing
Begging for so much more
Than you could ever give
And I don’t want you to adore me
Don’t want you to ignore me
When it pleases you
And I’ll do it on my own


Muse, in "Muscle Museum"

sábado, agosto 05, 2006

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui - ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos....
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez.
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas - doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado -,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...


Álvaro de Campos


É apenas e só mais um dia que passa. Nada de relevante. Apenas a anotar alguns telefonemas extraordinários, algumas pessoas que já não vejo e com quem já não falo há algum tempo, lembram-se de mim e partilham este dia comigo. Já lá vai o tempo em que mal dormia com a ansiedade da chegada do "meu dia"; hoje, é apenas mais um dia. Durmo descansada.Acordo ainda mais descansada. O dia passa como todos os outros. E adormeço como se nada tivesse acontecido.
No dia em que festejavam o dia dos meus anos não era mais feliz, mas a inocência da idade ajudava e eu gostava.....
***

sexta-feira, agosto 04, 2006

Pessoas que não morrem....

Faz hoje um ano que partiu para longe daqui o meu exemplo de coragem, luta e vontade de viver.
Chamava-se Maria Preciosa, conhecida pelos alunos por Irmã Lídia. Uma freira com espírito, que defendia o que acreditava, que se mantinha fiel ao que defendia, das poucas pessoas que acreditava naquilo que proclamava.
Cerca de vinte anos antes tinha-lhe sido diagnosticado um carcinoma na mama, mas não foi esse “pequeno” imprevisto que a fez desistir, encostar, desanimar. Parece ter-se esquecido dos seus problemas, parece ter apagado qualquer dor que sentia, para se dedicar à dor dos outros. Sempre preocupada com o bem-estar dos outros,deixando de parte o seu próprio bem-estar.
Sobreviveu à dor, aos tratamentos e às sucessivas novas investidas da doença e encarou-a sempre com a maior naturalidade e força. E acredito que foi essa força, essa fé que a mantinha presa à vida que a deixou disfrutar da vida durante estes últimos anos.
Conheci-a quando entrei para o colégio para leccionar o 10º ano. Lembro-me perfeitamente do sorriso que me lançou, da conversa que começou comigo e da introdução que me fez, sem nunca me ter visto, sem me conhecer, tratou-me como se nos vissemos todos os dias e como se fosse apenas mais uma conversa normal de dia-a-dia.
Era a Irmã que nos orientava pelas salas: que nos obrigava a entrar de cada vez que a campainha tocava e que nos obrigava a sair da sala sempre que lá fora reinava o gelo da manhã de Inverno. Era a Irmã que nos consolava quando nos eram entregues os testes e as notas eram a nossa desilusão. Era ela que nos vinha dar força, que nos ia desejar sorte antes dos exames ou testes. Era a Irmã Lídia, dizemos nós que a conhecemos. Pessoa incomparável, pessoa inigualável, pessoa para sempre memorável e recordada.
No último ano, por azar ou por força do destino, volto ao colégio para repetir os exames nacionais. Preocupada com a minha missão, não deixei de reparar numa ausência. A Irmã nunca apareceu. A alegria que marcava aquele colégio, não existia. A Irmã não me veio desejar sorte......nem a mim, nem aos demais condenados.
Um mês depois recebo a notícia de que a Irmã Lídia estava entregue a uma cama, a doença tinha voltado a atacar!!! Lembro-me de pensar “A Irmã vai-nos dar mais uma lição de coragem e luta!!”, mas ainda assim não pude deixar de ir ver a pessoa que sempre me foi ver à entrada do martírio, a pessoa que mais admirei, e não pude deixar de lhe ir dar uma palavra de conforto. Fui numa tentativa de fazê-la recordar os bons momentos que passamos juntas, a importância que ela tinha naquele colégio, e a marca que deixou em cada um de nós que a conhecemos. Quando cheguei ao colégio, num sábado à tarde, e entro no quarto da Irmã, lembro-me de sentir os meus olhos pesados de lágrimas, lembro-me da voz ter sumido e apenas ter conseguido esboçar um sorriso, que não sei o que pareceu. A Irmã Lídia estava prostrada na cama, presa a um desânimo que ainda hoje recordo e ouvi dela o que nunca pensei ouvir: “Isto está muito mau! Estou pronta para que Ele me leve!!”. E mais uma vez permaneci calada. Tudo me passava pela cabeça, tentava fazer sair uma palavra de ânimo, mas aquela certeza dela, aquela entrega deixou-me desarmada.
Saí do colégio e as lágrimas brotaram. Despejei toda a revolta que trazia e, confesso, acreditei ter sido a última vez que visitei a Irmã.
Quatro dias depois de a ter visitado recebo um telefonema. Tudo tinha acabado. A Irmã tinha partido. Tinha adormecido e tinha partido para a sua nova viagem.
Dia 5 de Agosto, também o dia do meu aniversário, a minha mentora foi a enterrar. Estavam uns 30 e muitos graus. Visto o meu traje académico, coloco a capa aos ombros em sinal de luto, e rumo ao colégio. Não vi a Irmã. Não quis ver. Guardei e guardo a última imagem do sábado anterior e predominam as boas imagens, dos bons momentos que passamos. A urna sai da capela em direcção ao carro funerário. Eu e os demais admiradores de tal heroína estendemos as capas no chão em sinal de respeito. Choramos a despedida. Soluços incontroláveis. A saudade que já apertava. A dor que nos embargava a voz, a vontade, o sorriso.
Um último adeus, chorado e sentido. A urna desce.....e tudo acaba....
Partiu o corpo da melhor pessoa que até hoje conheci, mas fica comigo a imagem do seu sorriso, o timbre da sua voz, a sua vontade de minimizar a sua dor, o seu exemplo de luta....
Partiu a pessoa, ficou a obra.
Que Deus guarde a sua alma e que lhe dê agora aquilo por que ela sempre lutou enquanto viveu.
Porque as boas pessoas merecem ser recordadas......


À Irmã Lídia
***