sábado, agosto 12, 2006

Neuras e perda de tempo?! É comigo!

Silêncio....
Ensurdecedoramente ouço o silêncio que me rodeia. Sinais de não-vida, de descanso, de.....NADA!!! É isso! Nada!!!
Sinto-me vazia. Sinto o meu mundo oco de tudo! Procuro algo a que me possa agarrar nesta viagem atribulada da estagnação, mas o mar de água morta não me oferece âncoras, pedaços de madeira ou botes salva-vidas. E, entretanto, continuo a nadar, só, rumo ao desconhecido.
Apercebo-me de que, afinal, já não vivo. Sobrevivo. Ao sabor da corrente de água estagnada.
A ténue linha que me separa da realidade começa a esvanecer-se e, aos poucos, vou descortinando a realidade: estou só, sinto-me só, vivo só, e não estou satisfeita. Não sei se por falta de forças, se por comodismo, não consigo deitar a mão ao resto de vida que tenho mas que, ainda assim, me foge a uma velocidade alucinante.
Dou por mim, parada, incrédula a vê-la partir. Ainda com a esperança de que se arrependa e volte a trilhar o caminho de regresso até mim.
Quero-a, mas não a tenho. Procuro-a, e ela esconde-se. Corro para ela e quanto mais corro mais longe parece estar.
Quero ser feliz. Quero voltar a viver.
[...]
Amar é sofrer..... Porquê? Para quê? Desde quando?
Quando amei fui feliz! Quando me amaram fomos felizes!
Quando é que inventaram essa teoria? Quando é que esta passou a ser realidade? Porque é que não me avisaram? Porquê? Porquê? Porquê?
[...]
O silêncio......Esse grande amigo das horas confusas. Esse refúgio da vida atribulada. O inimigo das horas vãs. O beco da morte das mentes molestadas. A vã glória de sofrer..........
O silêncio..... A morte.... A indefinição......
A ingenuidade.... A vontade de ocultar a realidade...... A vontade de ver para além do real.... Sonhar..... Sonhar.....é isso!!! Sonhar!!! Vivo sonhando. Alimento-me dos sonhos. Bebo os meus sonhos. Eu própria sou feita de sonhos. O meu mundo é o Sonho, pintado com algumas cores de realidade. Realidade essa que me corta a doçura do meu mundo com pitadas de amargura; que me arranca do sono de vida e que me acorda para a morte do real.
[...]
Confusão... Confusão. Cansaço. Desilusão.
Não percebo o que vivo, por que vivo, por quem sobrevivo, para quem respiro.
Desilude-me o que tenho. Não sei o que quero. Não percebo o me faz falta, o que me satifaz.
Que inércia desgastante! Que vida insignificante e ofuscante!
Vida! Quero uma vida! A minha vida! A que eu perdi, por aí, nas ruas da tristeza, na cidade da solidão, no país da indefinição, no mundo da desilusão.
E pronto, quando não há nada para fazer, quando se vai até ao fim do mundo, onde tudo dorme, o livro já está lido, a televisão por mais lixo que dê não funciona, e o calor reina lá fora...... o que nos resta é uma soma de tempo perdido.
O tempo que perdi hoje, com a mega neura com que acordei, na situação supracitada, foi passado a escrever esta coisa que, se querem que vos diga, nem sequer percebo o que lá está. São frases soltas, munidas de eufemismos, aliada a tantos e muitos outros recursos estilísticos, que expressam a cena que ia nesta cabeça. Das duas uma: ou estava pedrada ou estava possuída. Mas uma coisa é certa: bem é que não estava.
Só para acrescentar: quem ganhou com isto tudo foi o meu carro. Está lavado, brilhante, perfumado e reluzente. Há carros com sorte!!! E neuras que até vêm por bem.
***=)

2 comentários:

cp disse...

Pedrada ou possuída quase não interessa, muita inspiração que foi bem aproveitada. Gostei até ao fim! ;)

Mim... disse...

"gostei"...
entre aspas nao para encobrir alternativas mas porque simplesmente naop me agrada o facto de te sentires assim!
Ficou um texto bonito sim, mas nao gostaria de te ver assim...

Encontra um rumo à tua vida!
Vais ver q ele surge quando menos o esperares!
Comment cliché, eu sei...
dsculpa
esperemos q com umas caralhadas e umas br***** isso passe sim lindona!? :P

beijinhos mtmt gande...
gostava q nao fosse a unica a q o texto lhe desagradesse...
****